Iluminando um palco e distribuindo maçãs em São Jorge dos Ilhéus na Bahia |
UESC
2006.1 Para iluminar um palco, conta-se com sete refletores,
cada um de uma cor diferente.
O número máximo de
agrupamentos de cores distintas que se pode utilizar para iluminar o
palco é igual a
(01) 7
(02) 28
(03) 127
(04)
156
(05) 186
UESC Universidade Estadual Santa Cruz
Ilhéus Bahia.
Solução:
Sejam
os sete refletores com luzes de cores distintas A, B, C, D, E, F e G.
Na verdade, o problema pede para calcular o número de
formas distintas de iluminar o palco,
usando esses 7 refletores.
Observe que, por exemplo, iluminando-se o palco com as cores A e
B, é a mesma coisa que iluminá-lo com as cores B e A e
assim, sucessivamente. Vemos que a ordem das cores não altera
o grupamento e portanto, trata-se de um problema de Combinações.
Se você quiser revisar Análise Combinatória,
clique AQUI.
Acompanhe o
raciocínio:
Para iluminar o palco com apenas uma cor,
teremos C7,1 possibilidades distintas.
Para iluminar o
palco com duas cores, teremos C7,2 possibilidades
distintas.
Para iluminar o palco com tres cores, teremos C7,3
possibilidades distintas.
Para iluminar o palco com quatro cores,
teremos C7,4 possibilidades distintas.
Para iluminar o
palco com cinco cores, teremos C7,5 possibilidades
distintas.
Para iluminar o palco com seis cores, teremos C7,6
possibilidades distintas.
Para iluminar o palco com sete cores,
teremos C7,7 possibilidades distintas.
Assim, o
número total de possibilidades será dada pela
soma:
C7,1 + C7,2 + C7,3 +
C7,4 + C7,5 + C7,6 +
C7,7
Calculando cada número combinatório
acima e efetuando a soma encontraremos 127, que é a resposta
procurada e, portanto, alternativa (03).
Existe entretanto uma
forma mais elegante de obter a resposta, sem ter que calcular todas
as parcelas acima. Vejamos:
Sabemos da Análise
Combinatória que
C7,0 + C7,1 +
C7,2 + C7,3 + C7,4 + C7,5
+ C7,6 + C7,7 = 27
Mas, C7,0
= 1. Logo, substituindo fica:
1 + C7,1 + C7,2
+ C7,3 + C7,4 + C7,5 + C7,6
+ C7,7 = 27 = 128. Daí tiramos
facilmente:
C7,1 + C7,2 + C7,3 +
C7,4 + C7,5 + C7,6 + C7,7
= 128 1 = 127.
UESC
2006.1 Cem maçãs foram distribuídas em 11
caixas e em alguns sacos, de modo que todas as caixas receberam a
mesma quantidade de maçãs, e o número de maçãs
colocadas em cada saco foi igual ao dobro das maçãs
colocadas em cada caixa.
Nesse caso, pode-se afirmar que o
número de sacos pertence ao conjunto
01) {4, 10, 13}
02) {5, 11, 14}
03) {5, 8, 11}
04) {6, 8, 12}
05) {7,
8, 13}
UESC Universidade Estadual Santa Cruz
Ilhéus Bahia.
Solução:
Seja
y o número de maçãs em cada uma das 11
caixas. É óbvio que nas 11 caixas teremos 11y
maçãs. Do enunciado da questão, temos
imediatamente que em cada saco teremos 2y maçãs.
Seja
x o número de sacos. Como em cada saco estão 2y
maçãs, é também óbvio que o total
de maçãs distribuídas pelos x sacos será
igual a x.2y = 2xy .
Ora, como o número total de
maçãs é igual a 100, poderemos escrever a
igualdade:
11y + 2xy = 100
O problema pede para
descobrir o número x de sacos.
Da equação
acima tiramos: 2xy = 100 11y , de onde vem: x = (100
11y) / 2y
É
claro que x e y são números inteiros e positivos, uma
vez que eles se referem a quantidade de maçãs. Isto
posto, a fração no segundo membro deverá ser um
número inteiro positivo (número natural),
já
que ela é igual a x (número de maçãs).
Aqui
vale um comentário: o desenvolvimento rigoroso deste
problema a partir deste ponto,
nos levará a ter que
determinar as soluções inteiras de uma equação
do primeiro grau a duas variáveis, denominada equação
diofantina.
Mas, lembre-se que você está numa prova
de vestibular e tem que ganhar tempo.
Esta é a regra do
jogo, infelizmente.
Ademais, o tópico equação
diofantina não é tratado no ensino médio.
Ao
final do arquivo, colocarei um link para uma página deste
site, para que, se você tiver curiosidade, possa saber mais
sobre esse tópico.
Então, eu proponho que a
questão seja resolvida da seguinte forma elementar: atribuir
valores inteiros positivos a y e só aceitar como solução
aquelas que conduzirem a um valor de x também inteiro
positivo, já que x significa número de maçãs.
Assim, vamos atribuir valores inteiros positivos para y e calcular o
x decorrente:
y = 1 Þ
x = (100 11.1) / 2.1 = 99/2 = 44,5 (não serve pois não
é inteiro)
y = 2 Þ
x = (100 11.2) / 2.2 = 78/4 = 19,5 (não serve pois não
é inteiro)
y = 3 Þ
x = (100 11.3) / 2.3 = 67/6 (não serve pois não
é inteiro)
y = 4 Þ
x = (100 11.4) / 2.4 = 56 / 8 = 7 (ok! solução
inteira)
y = 5 Þ x =
(100 11.5) / 2.5 = 45/10 = 4,5 (não serve pois não
é inteiro)
y = 6 Þ
x = (100 11.6) / 2.6 = 34/12 (não serve pois não
é inteiro)
y = 7 Þ
x = (100 11.7) / 2.7 = 23/14 (não serve pois não
é inteiro)
y = 8 Þ
x = (100 11.8) / 2.8 = 12/16 = 6/8 = 3 /4 (não serve
pois não é inteiro)
y = 9 Þ
x = (100 11.9) / 2.9 = 1/18 (não serve pois não
é inteiro)
y = 10 Þ
x = (100 11.10) /2.10 = -10/20 = - 1/ 2 ((não serve
pois não é inteiro)
Observe que a partir de y = 10,
x passa a ser negativo e podemos parar por aí.
Vemos
então que os únicos valores inteiros positivos que
satisfazem ao problema são y = 4 e x = 7. Lembrando que x é
o número de sacos, a questão está resolvida.
Portanto, das alternativas apresentadas, a única verdadeira é
a de número (05).
Conforme prometi acima, veja o
seguinte link neste mesmo site: equações
diofantinas .
Paulo Marques, 11 de
janeiro de 2006 Feira de Santana BA.
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