Alguns problemas da UEFS 2004 e suas soluções |
1 UEFS 2004-1) Um pacote de papel usado para impressão contém 500 folhas no formato 210 mm por 300 mm, em que cada folha pesa 80 g/m2. Nessas condições, o peso desse pacote é igual, em kg, a:
a)
0,50
b) 0,78
c) 1,36
d) 1,80
e) 2,52
Solução:
Como
1 cm = 10 mm, temos que 1 mm = 1/10 cm = 0,10 cm.
Então, 210 mm = 210/10 = 21 cm e 300 mm = 300/10 = 30 cm
A
área de cada folha de papel então, será igual a
S = 21 cm x 30 cm = 630 cm2 .
Como
a gramatura (ou gramagem) do papel é igual a 80 g/m2
(80 gramas por metro quadrado), precisamos inicialmente transformá-la
para g/cm2 (gramas por centímetro quadrado).
Como
1m2 = 1m x 1m = 100 cm x 100 cm = 10000 cm2 ,
vem imediatamente que:
80 g/m2 = 80g / 10000 cm2
= (80 / 10000) g/cm2 = (8/1000) g/cm2.
É
claro então, que o peso do pacote de papel em gramas (g) será
igual a:
P = 500 x 630 cm2 x (8/1000) g/cm2
Efetuando
as contas obteremos P = 2520 g
Como 1 kg = 1000 g, vem
imediatamente que o peso em kg é igual a P = 2520/1000 = 2,52
,o que nos leva à alternativa E.
Nota:
UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana
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UEFS 2004-1) A quantidade de cafeína presente no organismo de
uma pessoa decresce a cada hora, segundo um progressão
geométrica de razão 1/8. Sendo assim, o tempo t para
que a cafeína presente no organismo caia de 128 mg para 1 mg é
tal que
a)0
< t < 1
b)1 < t < 2
c)2 < t < 4
d)4 < t <
6
e)6 < t < 8
Solução:
Seja ai a quantidade de cafeína presente no
organismo no tempo t = i.
Temos então a1 =
128 mg (primeiro termo de uma
PG
Progressão Geométrica
decrescente de razão q = 1/8, conforme enunciado da questão.
Usando a definição de PG, lembrando que cada termo a partir do segundo é igual ao anterior multiplicado pela razão q = 1/8, vem:
No
instante inicial t = 0, temos a1 = 128 mg
No instante t
= 1h, teremos:
a2 = a1.q = 128.(1/8) =
128/8 = 16 mg
No instante t = 2h, teremos:
a3 = a2.q
= 16.(1/8) = 2 mg
No instante t = 3h, teremos:
a4 =
a3.q = 2.(1/8) = 2/8 = 1/4 = 0,25mg
Temos então
a PG: (128; 16; 2; 0,25; ...)
Observe que de t = 2h para t = 3h, a
cafeína decresce de 2mg para 0,25mg, passando portanto pelo
valor 1mg.
Como o problema quer saber o tempo t no qual a
presença de cafeína no organismo seja igual a 1mg, é
claro que este tempo t será um número entre 2 e 3, ou
seja, 2 < t < 3.
Das
alternativas apresentadas, a única que atende à
condição
2 < t < 3 é a alternativa C.
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UEFS 2004 1) Os gráficos das curvas f(x) = 2.8x
e
g(x) = 1/16x , x Î
R, se interceptam em um ponto que pertence ao
a)eixo Oy
b)1º
quadrante
c)2º quadrante
d)3º quadrante
e)4º
quadrante
Solução:
Observe que na interseção das curvas, teremos
f(x) = g(x) ou seja: 2.8x = 1/16x
Resolvendo
esta equação exponencial simples, vem:
2.(23)x
= 16-x \ 21 .
23x = (24)-x \
2 1 + 3x = 2 4x \
1 + 3x = - 4x \1 = - 7x \
x = - 1/7
Esta é a abcissa do ponto de
interseção. Para achar a ordenada, basta substituir o
valor de x em qualquer uma das funções.
Como f(x) =
2.8x , teremos, por exemplo:
f(-1/7) = 2.8-1/7
= 2.(23)-1/7 = 21 . 2-3/7
= 21 + (-3/7) = 21 3/7= 24/7
Portanto, o ponto de interseção das duas curvas
dadas será o ponto (-1/7, 24/7). Ora, como a
abcissa é negativa e a ordenada é positiva, o ponto
pertence ao 2º quadrante, o que nos leva à alternativa
C.
4 UEFS 2004-1) Se o número de diagonais de um
polígono P , de n lados, é igual a 1/6 do número
de diagonais do polígono de 2n lados, então o polígono
P é um
a) triângulo b) hexágono c) decágono
d) pentágono
e) quadrilátero
Solução:
Sabemos
que o número de diagonais de um polígono de n lados é
dado pela fórmula:
Nd = n(n 3) / 2
A
fórmula acima é facilmente deduzida usando análise
combinatória.
A
dedução desta fórmula é simples, senão
vejamos: Seja P um polígono de n lados e, por conseqüência,
n vértices. Como as diagonais do polígono são os
segmentos de reta que unem dois vértices não
consecutivos do polígono, o número de diagonais será
igual ao número de combinações destes n pontos
tomados 2 a 2, subtraído do número de lados n, uma vez
que os lados não são diagonais, ou seja:
Nd
= Cn,2 n = n! / (n 2)!.2! n
Então,
Nd = [n(n 1) (n 2)! / (n 2)!.2.1]
n = n(n 1)/2] n = [(n2
n)/2] n
Teremos, continuando:
Nd
= [(n2 n)/2] 2n/2 = (n2
3n) / 2 = n(n 3)/2.
(c.q.d.)
Nota: c.q.d. = como
queríamos demonstrar.
Retornando
ao problema proposto:
Para
um polígono de 2n lados, o número de diagonais será
igual a:
N'd = (2n) (2n 3) / 2
Pelo
enunciado da questão, Nd = (1/6).N'd ou
seja 6.Nd = N'd.
Portanto, 6[n(n-3) / 2] =
(2n) (2n 3)/2
Desenvolvendo
a igualdade acima, vem:
6[(n2 3n)/2] = 4n2
6n / 2
3(n2 3n) = 2n2
3n
3n2 9n 2n2 + 3n = 0
n2
6n = 0
Colocando n em evidencia, fica: n ( n 6)
= 0, de onde tiramos n = 0 ou n 6 = 0. Como o valor n = 0 é
estranho ao problema já que estamos calculando o número
de lados de um polígono e não existe polígono
com 0 lados vem que n 6 = 0, de onde tiramos
imediatamente que n = 6.
O polígono, portanto, possui 6
lados e é então, um hexágono, o que nos leva à
alternativa B.
Glossário
glossário dicionário de termos técnicos
de uma arte ou ciência.
kg
símbolo do quilograma unidade de massa.
g
símbolo de grama a milésima parte do
quilograma.
gramatura peso em gramas
de um determinado papel, por unidade de área.
cafeína
substância existente no café.
mg
símbolo do miligrama milésima parte de
uma grama.
polígono figura plana de n lados,
com n > 2.
diagonal segmento que
une dois vértices não consecutivos de um polígono.
equação exponencial equação na
qual a incógnita aparece no expoente.
Paulo Marques 13 de março de 2004 Feira de Santana BA.
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